O tema do bem-estar animal (BEA) surge a partir de demandas da sociedade e está intimamente ligado à existência e evolução das diferentes posições éticas ao longo do tempo. Hoje, as evidências científicas indicam que a capacidade de sentir / experimentar emoções não é uma característica exclusiva dos seres humanos e as estruturas anatômicas do sistema nervoso, as respostas fisiológicas, comportamentais e psicológicas, os receptores farmacológicos e neuroquímicos relacionados aos sentimentos, surgem na escala zoológica em todos os vertebrados (García Sacristán, 1995). O pensamento ocidental alcançou um consenso geral na determinação de critérios básicos relacionados ao BEA, tais como: evitar o sofrimento desnecessário e se algo é prejudicial ao ser humano, é provável que também cause danos aos animais. Neste contexto, a partir do ano de 1992 os animais deixaram de serem considerados bens ou produtos para se tornarem perante o mundo, seres sencientes. Além disso, passa a ser juridicamente obrigatória a consideração do BEA no momento de definir políticas nas áreas de agricultura, pesquisa, transporte e mercado interno.
Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria